Vai!


01/01/2017

O que gera sofrimento é o apego. O Budismo propõe isso, e eu o quero incorporar. Interiorizar a proposta de que, desapegando, somos mais felizes! Eu QUERO ser feliz. Eu ESCOLHO ser feliz. E aí eu parto pra conquista disso.
Que ser feliz é conquista, eu já manifestei esse meu entendimento antes. É trabalho, e é árduo, meu amor. A gente diz que quer ser feliz mas não encara a empreitada...aí complica. O Universo espera pela nossa resolução pra encaminhar as coisas, mas não aconselho você, feito isso, a sentar no sofá e esperar.
Lamentar demais é como sentar no sofá e esperar. É parar num ponto, é estagnar. Tá pesado o fardo, por isso você não levanta e anda? Sugestão: solta esse peso que carrega nas costas, entrega tudo, e sai livre e leve. Levita.
“Tá, parece lindo, mas não é fácil, queridinha.” Eu mesma falo agora aqui pra minha outra eu, aquele alvoroço dentro. A outra vem e diz: “e quem disse que seria fácil?!” O que está em questão não é se é fácil ou difícil, é o fato de que a proposição é o primeiro passo.
Hoje é dia de fazer proposição. Aproveita! Grita pro Universo que faz questão de ser feliz!!! É seu direito, ele vai colaborar. Mas tem que querer.
“Queridinha, mas e a mala de culpa, vergonha, remorso, rancor, mágoa, e outros itens que adquiri pouco a pouco no catálogo da escassez, que fui colecionando ao longo da vida, faço o que com ela? Só abandono aqui nesse sofá e saio toda levinha pra vida? Por acaso é assim, é?!! Ce acha que viver é moleza, né?” (fala a amargurada). Nessa hora você convoca a outra, a otimista, pra vir rapidão e colocar seu ponto de vista também: “nem acho, mas ainda assim vou sair em direção ao melhor de mim. Essa é a minha chance.” Faz a escolha.
Desapega do que tá pesando. Se for pra acumular, que seja só aquilo proveniente da abundância. E abundância não tem nada a ver com dinheiro, que fique dito, e sim com positividade. Ama com verdade e com entrega, seja generoso, não cultive a vaidade, e não se leve tão a sério. Precisamos aprender a não nos cobrarmos tanto, sermos tão rigorosos com a gente mesmo por que, em suma, nossa única “tarefa” é sermos a melhor versão de nós mesmos, e basta. O resto todo é alegoria. Ilusão. Mas seguir sua intuição e, com autenticidade e humildade, ser o “melhor você” pro mundo, isso é dignidade. E uma válida prestação de serviço pra humanidade.
Mas sem crise, viu? Lembra do Osho se bater a ansiedade de achar que não estar sendo o “top-ser-humano” que deveria (que também tá pesando essa história toda de “missão”, tão repetida pelos coaches de plantão (preguiça)). Nessa hora, vai de Osho: “Seja comum, seja simples, seja você quem for. Ser real é existencial. Ser importante é viagem do ego.” Calma na alma.
Lembrei de uma outra frase ótima, que edita um ditado já tão desgastado: “Não deixe pra amanhã o que você pode deixar pra lá!” Desapega, entrega, esquece, abandona, solta, larga, rompe. Dá medo, mas vai compensar. Assim se abre espaço pro novo. Negócio de “ano novo, vida nova”, é bem bonito brindar isso, mas parar por aí não é garantia de sucesso, não. Uma mudança efetiva depende das atitudes corajosas que tomamos.
Você merece ser livre, mas só você mesmo pode se dar sua carta de alforria. Te desejo leveza.
“Eu quero amor, eu quero tudo o que for bem colorido, tudo que for leve. Não me atrapalhe, eu tenho um objetivo e a vida é breve...


Faço dos meus dias uma festa, e os meus amigos eu levo no bolso. No coração os meus parentes e entes e os presentes que a vida me dá. Grite comigo: a, a, e, i, o, u. A, e, i, o, u. A, e, i, o, u. Y, y!” (Tudo que for leve – Alice Caymmi)